A mistura de substâncias está presente do cotidiano à indústria de alta tecnologia, influenciando materiais que vão de líquidos comuns a ligas metálicas complexas, usadas em turbinas de aviões e catalisadores.
Atualmente, ligas metálicas com muitos elementos estão sendo descobertas com o apoio de ferramentas computacionais, como a inteligência artificial, ampliando possibilidades na ciência dos materiais.
Misturas de líquidos estão entre os exemplos mais comuns do nosso dia a dia. Quando água e etanol são combinados, formam uma mistura homogênea, com aparência uniforme. Já ao tentar misturar água com óleo, o resultado é uma mistura heterogênea, com duas fases bem definidas e separadas – uma de água e outra de óleo.
A tendência das substâncias em se misturarem é chamada de miscibilidade. Água e etanol, por exemplo, têm alta miscibilidade e formam uma mistura homogênea. Em contraste, água e óleo apresentam baixa miscibilidade, resultando na separação em duas fases distintas.
Há também casos de miscibilidade parcial, em que duas substâncias se misturam só em proporções limitadas. Por exemplo, água e n-butanol (um álcool de cadeia longa) se misturam quando há muita água e pouco n-butanol. Mas, ao aumentar a quantidade desse álcool, ocorre a separação em duas fases: uma rica em água e outra rica em n-butanol (figura 1).
Quando uma das substâncias está presente em maior proporção na mistura, dizemos que há formação de uma solução. A substância majoritária é chamada solvente, enquanto as substâncias presentes em menores quantidades são denominadas solutos.